FBI rasurou o nome de Trump dos ficheiros Epstein, avança a ‘Bloomberg’

Segundo a publicação, cerca de mil agentes do FBI consultaram, desde março, sob ordens do diretor Kash Patel, todos os ficheiros relacionados com o processo, e identificaram “numerosas referências” a Trump entre os quase 100 mil documentos

Francisco Laranjeira
Agosto 1, 2025
17:46

O FBI rasurou o nome de Donald Trump dos ficheiros de Jeffrey Epstein, revelou esta sexta-feira a publicação ‘Bloomberg’: em causa estarão “numerosas referências” ao presidente americano no processo, salientaram três fontes com conhecimento do processo.

Segundo a publicação, cerca de mil agentes do FBI consultaram, desde março, sob ordens do diretor Kash Patel, todos os ficheiros relacionados com o processo, e identificaram “numerosas referências” a Trump entre os quase 100 mil documentos.

Nestes estão uma montanha de material acumulado pelo FBI ao longo de quase duas décadas de investigação, incluindo depoimentos de júri, arquivos de processos de procuradores, bem como dezenas de milhares de páginas dos próprios arquivos da investigação do FBI sobre Epstein.

Após a identificação do nome do presidente americano, este foi rasurado com base nas exceções estabelecidas no Freedom of Information Act (FOIA), uma lei federal que permite o acesso a registos federais. Pessoas familiarizadas com o assunto disseram que o nome de Trump, assim como o de outras pessoas de alto perfil, foi omitido por ser um cidadão comum quando a investigação federal sobre Epstein foi iniciada em 2006.

De acordo com a ‘Bloomberg’, os responsáveis aplicaram a Exceção 6 – que protege os cidadãos de “uma invasão claramente injustificada da privacidade pessoal” -, e a Exceção 7(C) – que diz que a divulgação de uma informação pessoal “pode razoavelmente constituir uma invasão injustificada da privacidade pessoal”.

Após essas edições, os arquivos foram enviados à procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, que então teria dito a Trump em maio que o seu nome estava nos arquivos.

Trump disse acreditar que o seu nome foi adicionado aos arquivos pelo ex-presidente Barack Obama e outros membros da sua Administração. Ou seja, segundo a publicação, as decisões de bastidores do FBI sugerem que as chances de aliens ressuscitarem JFK são maiores do que o nome de Trump nunca ser retirado dos arquivos de Epstein.

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